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Juliana Órsia

Odontologia do Esporte: necessidades no nosso cenário


Ainda que a Odontologia do Esporte já tenha se instalado com boas raízes no Brasil, estamos em um cenário histórico que pode ser comparado à uma caixinha aberta, cujo espaço interno já tem alguns tesouros guardados, mas ainda há um grande espaço a ser preenchido.

De fato a área vem crescendo e trazendo consigo duas vertentes que requerem atenção do cirurgião- dentista:

  1. A vertente responsável pela inclusão da Odontologia do Esporte na formação do cirurgião dentista – granduando e graduado;

  2. A vertente responsável pela apresentação e conscientização da área ao público – atletas profissionais e amadores.

Estudos que avaliam o grau de instrução de atletas sobre saúde bucal e/ou sobre Odontologia do esporte, são ótimos para nos situar. Deles conseguimos extrair informações sobre o contexto no qual estamos inseridos, pontos que precisam ser abordados e difundidos, tanto pela visão do atleta (que mostra perfeitamente suas reais necessidades) quanto pela atuação do dentista.

Em 2017, cinco pesquisadores do Centro Universitário Newton Paiva (Belo Horizonte, Minas Gerais) publicaram um estudo*** que investigou o conhecimento e os hábitos de atletas nas modalidades futebol e basquetebol. Os atletas eram partipantes da Confederação Brasileira de Futebol e da Confederação Brasileira de Basquetebol, o que conferiu aos atletas um alto grau de exigência em relação à performance. E ainda, para a modalidade futebol, havia assistência odontológica à disposição dos jogadores.

Analisando separadamente as modalidades esportivas podemos notar que:

No futebol,

- Ainda que com assistência odontológica, 50% dos jogadores relataram não achar importante o uso do protetor bucal para a sua modalidade esportiva e outros 5% afirmaram nem saber sobre.

E no basquetebol,

- Mais da metade dos jogadores consideraram ser importante o uso do protetor bucal para a sua modalidade esportiva, e mesmo assim, grande parte deles não concordaram e nem sabiam que problemas bucais interferem no desempenho físico. Como esperado também não concordaram e nem sabiam que o dentista contribui no rendimento físico.

Os dados refletiram (e refletem) a necessidade de COMUNICAÇÃO entre atleta e dentista para efetiva conscietização sobre saúde bucal. No futebol, a responsabilidade pesou mais ainda nos ombros já que havia serviço odontológico à disposição. E no basquetebol, sabemos que o uso do protetor bucal é mais difundido porém, o grau de conhecimento dos atletas mostrou que essa oportunidade de interação não é explorada pela odontologia ainda.

Nos oficializamos como especialidade em 2014/15 e por isso abrimos uma caixinha chamada Odontologia do Esporte 😊

Já guardamos muita coisa legal nela, mas as campanhas em PROMOÇÃO À SAÚDE BUCAL NO ESPORTE serão sempre muito bem vindas, pois ainda temos bastante espaço. Quem mais aí está dentro? o/

 

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Este artigo faz parte da coleção "Meninas da Odt do Esporte - 2019" . #2

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